🇬🇧Pat is a writer of picture books, like "Be Kind" and "Sharing the Bread". You can find her on Instagram at @patzmill.
How would "once upon a time, there was a little girl called Pat" go? What story would it tell us?
It would probably talk about me and my local bookmobile. It stopped a few blocks from my house once a week, and my sister and I would walk there and bring home as many books as we could carry. I can still picture it and remember the smell of oil or whatever fuel it used.
We brought home all kinds of books. Some that were age-appropriate and some that probably weren’t. But, it was all good. The bookmobile made me a reader, and reading made me a writer.
How did you find yourself in the pages of picture books?
I have always loved picture books. Interestingly enough, though, my first memories of picture books are not of reading them and thinking: “That character is like me.”
Instead, I remember reading them and being impressed with how the words sounded and the rhythm and fluidity of the language. (One example was "Chicken Soup with Rice" by Maurice Sendak.)
So, I guess I saw myself in the words of picture books and wanted to create words like that. Putting the words together in just the right order for optimal readability is still one of my favourite parts of making a picture book.
When you create a story, do you ever try to transform the little child who will listen to your words? If so, how and what is your main purpose?
I’m usually trying to write a story I would have needed when I was a kid. So, there’s a lot of accessing my inner child and remembering the big emotions I felt when I was a kid. I also remember my own children’s big emotions from when they were small, and that often drives what I write, as well.
And, a few of my books were written because I needed them as an adult. Here’s one thing I’ve learned about picture books. They are for everyone. Because no matter how young or old we are, we all have the same emotions. We all need to feel seen. The best picture books show our common humanity.
If you could choose any existing book, which one would you have liked to have written/illustrated yourself?
There are so many. The first one that comes to mind is Alexander and the “Terrible, Horrible, no Good, Very Bad Day” by Judith Viorst with illustrations by Ray Cruz.
It was published in 1972, and 50 years later, it’s still such an accurate, true portrayal of what it’s like to be a kid having a bad day and how all the little things can add up to being just too much.
It also has some many memorable lines from, “Some days are like that. Even in Australia.” to, “The cat wants to sleep with Anthony, not me.” The entire book is a masterpiece.
If given the chance, who would you hug today?
I’d hug both my daughters. One lives in Manhattan, and we haven’t seen her much because of the pandemic. The other goes to college in Minneapolis and, as I type this, is heading back for her second semester.
And my cats. Always my cats.
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🇵🇹 Pat é uma escritora de livros ilustrados entre os quais se contam "Be Kind" e "Sharing the Bread". Podem encontrá-la no Instagram em @patzmill.
Como seria o "Era uma vez uma menina chamada Pat”? Que história nos contaria?
Provavelmente falaria de mim e da biblioteca móvel local. Parava a alguns quarteirões da minha casa uma vez por semana, e eu e a minha irmã íamos até lá a pé e trazíamos para casa tantos livros quanto podíamos transportar. Ainda consigo imaginá-lo e recordar o cheiro do gasóleo ou do combustível que utilizava.
Trazíamos para casa todo o tipo de livros. Alguns que eram adequados à nossa idade e outros que provavelmente não. Mas, foi tudo bom. A biblioteca móvel fez de mim uma leitora, e ler fez de mim uma escritora.
Como foste parar às páginas de um livro infantil?
Sempre adorei livros ilustrados. Curiosamente, no entanto, as minhas primeiras memórias de livros ilustrados não são de os ler e pensar: "Esta personagem é como eu".
Em vez disso, lembro-me de os ler e de ficar impressionada com a forma como as palavras soavam e o ritmo e fluidez da linguagem. (Um exemplo é “Chicken Soup with Rice” de Maurice Sendak.)
Então, acho que me via nas palavras dos livros ilustrados e queria criar palavras assim. Colocar as palavras na ordem certa para uma leitura ótima continua a ser uma das as minhas partes favoritas de criar um livro ilustrado.
Quando crias uma história, tentas transformar a criança que vai ouvir as tuas palavras? Se sim, de que forma e qual o teu principal propósito?
Normalmente estou a tentar escrever uma história de que teria precisado quando era criança. Portanto, há muito de aceder à minha criança interior e de recordar as emoções intensas que sentia quando era criança. Também me recordo das emoções intensas dos meus filhos quando eram pequenos, e isso geralmente também serve de guia para o que escrevo.
E, alguns dos meus livros foram escritos porque eu precisava deles enquanto adulta. Aqui está uma coisa que aprendi sobre livros ilustrados. Eles são para todos. Porque não importa quão jovens ou velhos somos, todos temos as mesmas emoções. Todos precisamos de nos sentir vistos. Os melhores livros ilustrados mostram aquilo que é comum na nossa humanidade.
Dada a possibilidade de escolher qualquer um, que livro gostarias de ter escrito e ilustrado?
São tantos. O primeiro que me vem à mente é o “Terrible, Horrible, no Good, Very Bad Day” por Judith Viorst com ilustrações de Ray Cruz. Foi publicado em 1972, e 50 anos mais tarde, ainda é um retrato tão preciso e verdadeiro de como é ser uma criança a ter um dia mau e de como todas as pequenas coisas se podem juntar para serem simplesmente demasiado.
Tem também algumas linhas memoráveis desde "Alguns dias são assim". Mesmo na Austrália" a, "O gato quer dormir com o Anthony, não comigo".
Todo o livro é uma obra-prima.
Se pudesses, a quem darias um abraço apertado hoje?
Abraçaria ambas as minhas filhas. Uma vive em Manhattan, e não a temos visto muito por causa da pandemia. A outra vai para a faculdade em Minneapolis e, enquanto escrevo isto, está a regressar para o seu segundo semestre.
E os meus gatos. Sempre os meus gatos.