🇬🇧Nívola is the illustrator of “Bathing in the Forest” and “Asali”, among others. You can find her on Instagram at @nivolauyaillustration.
How would "once upon a time, there was a little girl called Nívola” go? What story would it tell us?
A girl who loves nature and trees, grew up in the country without water nor electricity and saw that marvellous things could be created from nothing. This girl who drew the plan of her home at two years old full of curious details, such as the clothespins as if they were a rainbow, with the door of the ants’ house and the little refrigerator for the mice, starts to believe that a more sensitive, poetic and fair world could be created.
And now she is still persisting in it, living again in the countryside surrounded of centenary olive trees, in an ideal place for the inspiration and creation where the rhythm of living is calm.
How did you find yourself in the pages of picture books?
This girl never stopped doing drawings and handmade creations, and she loved the calm and positive feelings she felt when she was painting. Ten years ago, her life changed radically, when she decided to change her career as an environmental technician for the pen and brushes, in order to share these feelings and her new passion to involve herself in the books’ world. And now here I am.
When you create a story, do you ever try to transform the little child who will delight with your illustrations? If so, how and what is your main purpose?
Thanks to my daughter I can understand better their way of thinking, learning, having fun, and also about what things, and in which way, encourage their curiosity. So, I believe it is the children who transform me.
Anyway, for me a biggest challenge is to keep walking towards a more cooperative and loving world with all human beings, animals, plants and ecosystems. For example, in Bathing in the Forest written with Marc Ayats (Ed. Cuento de Luz), our goal was to share the treasure of being more connected with nature.
In my opinion the reading experience can be transformative and can play a decisive role in building a new generation of supportive people, respectful with the environment and creative, ready to face the imminent challenges that we are already experiencing.
If you could choose any existing book, which one would you have liked to have written/illustrated yourself?
The book that planted the seed in me was “The Red Tree” by Shaun Tan.
If given the chance, who would you hug today?
My father died before I became an illustrator and had my daughter, so a big hug between my father, my daughter and me would be magic!
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🇵🇹Nívola é a ilustradora "Un Baño de Bosque” e “Asali”, entre outros. Podem encontrá-la no Instagram em @nivolauyaillustration.
Como seria o "Era uma vez uma menina chamada Nívola”? Que história nos contaria?
Uma rapariga que ama a natureza e as árvores, cresceu no campo sem água nem electricidade e viu que coisas maravilhosas podiam ser criadas do nada. Esta rapariga, que desenhou o plano da sua casa aos dois anos de idade cheio de pormenores curiosos, tais como alfinetes de roupa como se fossem um arco-íris, com a porta da casa das formigas e o pequeno frigorífico para os ratos, começa a acreditar que um mundo mais sensível, poético e justo poderia ser criado.
E agora ainda persiste nele, vivendo novamente no campo rodeado de oliveiras centenárias, num lugar ideal para a inspiração e criação onde o ritmo de vida é calmo.
Como foste parar às páginas de um livro infantil?
Esta rapariga nunca deixou de fazer desenhos e criações feitas à mão, e adorava a calma e os sentimentos positivos que sentia quando estava a pintar. Há dez anos atrás, a sua vida mudou radicalmente, quando decidiu trocar a sua carreira como técnica ambiental por caneta e pincéis, a fim de partilhar estes sentimentos e a sua nova paixão de se envolver no mundo dos livros. E agora aqui estou eu.
Quando crias uma história, tentas transformar a criança que vai deliciar-se com as tuas ilustrações? Se sim, de que forma e qual o teu principal propósito?
Graças à minha filha consigo compreender melhor a sua forma de pensar, de aprender, de se divertir, e também sobre que coisas, e de que forma, estimulam a sua curiosidade. Portanto, acredito que são as crianças quem me transforma.
De qualquer modo, para mim um grande desafio é continuar a caminhar para um mundo mais cooperativo e respeitador para com todos os seres humanos, animais, plantas e ecossistemas. Por exemplo, em “Bathing in the Forest” escrito com Marc Ayats (Ed. Cuento de Luz), o nosso objectivo era partilhar o tesouro de estar mais ligado à natureza.
Na minha opinião, a experiência de leitura pode ser transformadora e desempenhar um papel decisivo na construção de uma nova geração de pessoas solidárias, respeitadoras para com o ambiente e criativas, prontas a encarar os desafios iminentes que já estamos a enfrentar.
Dada a possibilidade de escolher qualquer um, que livro gostarias de ter escrito e ilustrado?
O livro que plantou a semente em mim foi "A Árvore Vermelha" de Shaun Tan.
Se pudesses, a quem darias um abraço apertado hoje?
O meu pai morreu antes de eu me tornar ilustradora e ter a minha filha, por isso um grande abraço entre o meu pai, a minha filha e eu seria mágico!