Mar Ferrero

Mar Ferrero

🇵🇹 Mar é a ilustradora da série Enciclopédia sobre vários temas como sentimentos, família e diversidade, entre outros livros. Podem encontrá-la no Instagram em @marferreroilustradora.

Como seria o "Era uma vez uma menina chamada Mar”? Que história nos contaria?
Havia uma menina chamada Mar, cujo pai morreu quando ela tinha apenas dois anos de idade. Por isso, ela, a sua mĂŁe e o seu irmĂŁo foram viver com os seus avĂłs e trĂŞs tios, o que foi muito divertido.
Mais tarde, quando ela vivia apenas com a mãe e o irmão, o irmão ficou muito doente (não se preocupem, ele recuperou completamente) e ela acabou por passar algum tempo na casa de vários familiares. Como era muito tímida e sossegada, começou a esconder-se nos cantos para escrever histórias (poemas de muito má qualidade), para desenhar e para fazer pequenos livros artesanais ilustrados. Todos diziam: "Oh, esta rapariga devia ir para Belas Artes" e ela assim o fez, principalmente porque era uma aluna muito má e não foi admitida em nenhuma faculdade a sério.
Enquanto ainda estava na faculdade, começou a trabalhar em animação (desenhos animados), ao nível mais baixo, como "intercaladora", mas este era um trabalho cansativo e aborrecido, por isso mudou para a ilustração, apenas para ganhar algum dinheiro de uma forma mais divertida.
Ela ilustrou e ilustrou, e aprendeu e melhorou e adora o trabalho e continua feliz a ilustrar e a aprender numa pequena cidade perto de Madrid, onde vive com o seu companheiro, as suas duas filhas, o seu cĂŁo, trĂŞs peixes e quatro galinhas.
Recentemente, tem uma nova paixĂŁo: Olaria!

Como foste parar às páginas de um livro infantil?
Apresentei um livro (Lo que no Vió Caperucita Roja) para o prémio Edelvives de Literatura Infantil. Não ganhei, mas um dos editores da Edelvives que estava no júri adorou o meu livro e quis publicá-lo. Depois de publicar este, eles pediram-me mais. Portanto, os prémios são sempre uma boa porta para entrar, penso eu.

Quando crias uma história, tentas transformar a criança que vai descobrir a tua obra? Se sim, de que forma e qual o teu principal propósito?
Às vezes sim, e às vezes não. Às vezes quero transmitir uma mensagem, mas "transformar" a criança, penso que é pedir muito de um humilde livro.
Também penso que é óptimo não ter uma mensagem, porque é que é preciso ter uma moral? Penso que é fantástico criar/ler um livro apenas pelo prazer de o fazer. Veja-se a obra de Edward Gorey, (um dos meus preferidos): é absurdo e caprichoso, sem moral nenhuma, mas hilariante, ousado, são verdadeiras obras de arte para mim.

Dada a possibilidade de escolher qualquer um, que livro gostarias de ter escrito e ilustrado?
Gosto muito do KĂ© Iz Tuk? de Carson Ellis e Selma de Jutta Bauer, mas sĂł eles podem criar estes livros, sĂŁo tĂŁo pessoais.

Se pudesses, a quem darias um abraço apertado hoje?
Ă€s minhas filhas.

…

🇬🇧 Mar is the illustrator in the All About series on topics such as feelings, diversity and families, among other picture books. You can find her on Instagram at @marferreroilustradora.

How would "once upon a time, there was a little girl called Mar” go? What story would it tell us?
There was a little girl called Mar, her father died when she was only two years old. So she, her mother and her brother went to live with her grandparents and three uncles, which was a lot of fun.
Later, when she lived just with her mother and brother, her brother got very ill (don’t fret, he fully recovered) and she was sent to spend time in various relatives homes. As she was very very shy and quiet, she started to hide in corners to write stories (very poor quality poems), to draw and to make little handmade illustrated books. Everybody said: “ Oh, this girl must study Fine Arts” an so she did, mostly because she was a really bad student and wasn’t admitted in any serious college.
While she was still at college, she started working in animation (cartoons), at the lowest level, which is called “intercaladora”, but this was an exhausting and boring job so she switched to illustration, just to earn some money in a more amusing way.
She illustrated and illustrated, and learned and improved and loved the job and she is still happily illustrating and learning in a small town near Madrid, where she lives with her partner, her two daughters, her dog, three fish and four hens.
Lately she has a new passion: Pottery!

How did you find yourself in the pages of picture books?
I presented a book (Lo que no Vió Caperucita Roja) for the Edelvives Album Ilustrado prize, I didn’t won, but one of the Edelvives’ editors from the jury loved my book and wanted to publish it. After publishing this one they asked me for more. So prizes are always a good door to get in, I think.

When you create a story, do you ever try to transform the little child who will be on the other side of your work? If so, how and what is your main purpose?
Sometimes yes, and sometimes not. Sometimes I want to deliver a message, but to “transform" the child, I think is too much to ask from a humble book. Also, I think that it’s great not to have a message, why do you need to have a moral? I think that it is fantastic to create/read a book just for the pleasure of it. Look at the work of Edward Gorey (a favourite of mine): it is absurd and whimsical, no moral at all, but hilarious, bold, they are real art pieces for me.

If you could choose any existing book, which one would you have liked to have written/illustrated yourself?
I really love Du Iz Tak? by Carson Ellis and Selma by Jutta Bauer, but only they can create this books, they are so personal.

If given the chance, who would you hug today?
My daughters!

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