Hannah Peck

Hannah Peck

🇵🇹 Hannah é a ilustradora de Será o Mar o Meu Lugar e outros maravilhosos livros infantis ainda não traduzidos para português. Podem encontrá-la no Instagram em @hannahpeckillustration.

Como seria o "Era uma vez uma menina chamada Hannah”? Que história nos contaria?
Penso que contaria a história de uma criança que gostava de fazer muitas coisas! Adorava mascarar-me, fazer fatos, escrever 'peças' para os meus pais, e desenhar (uma verdadeira freelancer millennial aos oito anos). Também mudei muito de casa quando era criança, e passei algum tempo na América, bem como nas Ilhas do Canal. Talvez um livro ilustrado sobre a minha infância pudesse ser sobre a ligação a novas pessoas e sobre fazer novos amigos, ou encontrar tanto ligação como privacidade através da minha imaginação.

Como foste parar às páginas de um livro infantil?
Nunca planeei tornar-me ilustradora infantil quando comecei a trabalhar como freelancer; andava a fazer muitas comissões privadas e a vender online impressões inspiradas em folclore. Dito isto, os livros infantis sempre me inspiraram, por isso não é surpresa que o meu trabalho já se inclinasse nessa direcção. Quando comecei a enviar amostras de trabalho para agentes, foi-me dito que o meu trabalho tinha um toque narrativo, e um dos meus primeiros clientes foi a Penguin UK para uma colecção de histórias de fadas de todo o mundo centradas no feminino. Tudo começou aí!

Quando crias uma história, tentas transformar a criança que vai descobrir a tua obra? Se sim, de que forma e qual o teu principal propósito?
Penso que faço muito isto, especialmente quando escrevo a coleção Kate on the Case. Sinto-me muito ligada àquela parte de mim que é brincalhona, infantil e curiosa, e acho que me é fácil explorar o que aquela criança interior acharia engraçado, interessante, ou significativo. Diria que o meu principal objectivo ao criar histórias para crianças é encorajar a abertura e a aceitação desde cedo; tanto em relação a si próprios como dos que os rodeiam. Ter imaginação para as vidas das pessoas à nossa volta, mesmo que não correspondam à nossa própria experiência, é uma parte tão vital do viver com outras pessoas.

Dada a possibilidade de escolher qualquer um, que livro gostarias de ter escrito e ilustrado?
Isso é difícil. Muito provavelmente algo histórico, do mundo antigo talvez, ou alguma colecção de pequenos contos populares. Uma resposta de batota, eu sei...!

Se pudesses reencontrar-te em criança, que conselho darias a ti própria?
Preocupar-me menos? Diz-se muito, mas tomar atenção ao que nos interessa e seguir isso é também uma grande dica. Pensar em seguir a inspiração como um conjunto de pistas que nos levarão a algum lado e confiar no processo em vez de tentar saltar imediatamente para o final.



🇬🇧 Hannah is the illustrator of Somebody Swallowed Stanley and other wonderful picture books not yet translated to Portugal. You can find her on Instagram at @hannahpeckillustration.

How would "once upon a time, there was a little girl called Hannah” go? What story would it tell us?
I think it would tell the story of a child who liked to do a lot of things! I loved to dress up, make costumes, write ‘plays’ for my parents, and draw (truly a millennial freelancer aged eight). I also moved around a lot as a kid, and spent some time in America as well as the Channel Islands. Perhaps a picture book based on my childhood would be about connecting to new people and making new friends, or finding both connection and privacy via my imagination. 

How did you find yourself in the pages of picture books?
I never planned to become a children’s illustrator when I started freelance work; I was doing a lot of private commissions instead and selling folklore inspired prints online. Having said that, I was always inspired by children’s books, so it’s no surprise my work already leant in that direction. When I started putting feelers out there for agents, I was told my work had a narrative feel to it, and one of my first clients was Penguin UK for a collection of female centred fairy stories from around the world. It all went from there! 

When you create a story, do you ever try to transform the little child who will be on the other side of your work? If so, how and what is your main purpose?
I think I do this a lot, especially when writing the Kate on the Case series. I feel very connected to that part of me that is playful, childlike and curious, and find it easy to tap into what that inner child would find funny, interesting, or meaningful. I’d say my main purpose in creating stories for children is to encourage openness and acceptance at a young age; both in terms of themselves and those around them. Having imagination for the lives of those around you, even if they do not match up to your own experience, is such a vital part of living alongside people. 

If you could choose any existing book, which one would you have liked to have written/illustrated yourself?
That’s hard. Most likely something historical, the ancient world perhaps, or some short story collection of folktales. A cheat answer, I know…! 

What advice would you give your younger self if you could go back in time?
Worry less? It’s said a lot but taking note of what interests you and just going with that is also a great tip. Thinking of following inspiration as a set of clues that’ll take you somewhere and trusting in the process instead of attempting to jump to the end point straight away. 

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