Rosie Haine

Rosie Haine

🇬🇧Rosie is the creator of "It Isn't Rude To Be Nude!", an amazing book that celebrates human diversity. You can find her on Instagram @futureisrosie.

How would "once upon a time, there was a little girl called Rosie" go? What story would it tell us?
Once upon a time there was a little girl called Rosie. She was quiet and self-contained and loved to draw so much that for most birthdays and christmases she was given a large box of paper. She was less certain of words, as she found it difficult to learn to read and write, but she loved to draw everything she was thinking about.
She spent a lot of time playing in her garden in the countryside, dressing her toys in petals, or trying to join her big brother’s gang in the woods up the road.
She also loved the dollhouse her grandparents had made her and she spent hours making its resident dolls and all the things they needed for their tiny lives - little jumpers from old socks, tiny plates of food and blankets for their beds.
Growing up in the countryside was so peaceful and the changing of the seasons and wildlife was a lovely rhythm to live to. But she was very drawn to the excitement of London, and moved there at 19 to study English Literature (she did learn to read and write, and found she was good at it).

How did you find yourself in the pages of picture books?
I’ve always loved picture books, as did my mum, who bought me beautiful ones when I was a child (and still buys them for me now). After I studied English (and then a Masters in Social Sciences) I worked in the media for a long time, writing and making films and things for websites, and trying (and failing) to become a radio documentary maker.
But I felt dissatisfied, I really wanted to do something visual and more creative, and illustration had always been in the back of my mind.
In 2016 I decided it was time to sort my life out, and gave myself 6 months to choose which direction to take myself in. I narrowed it down to either illustration, or a bespoke cobbler! Illustration won, and I got a place to study Children’s Book Illustration at Cambridge School of Art.
In all honesty, I went mostly on instinct - I tried not to overthink it, and it turned out to be a really good decision. I’ve realised that picture books are the most perfect vehicle for my ideas, and that I was always struggling to find the right way to express myself before I found them.

When you create a story, do you ever try to transform the little child who will be delighted with your illustrations? If so, how and what is your main purpose?
I think that picture books are for everyone, so I don’t particularly focus on one kind of reader, but I do really remember what it was like being a child, and that definitely informs what I do. I feel there’s a lot about this world that is obvious but often missed, and so I like to explore those things. My work does have a message, but I think it is a message for children and adults alike. And I don’t want to be overly serious or tell people what to think. I think that humour, humility and simple language is the best way to reach people.

If you could choose any existing book, which one would you have liked to have written/illustrated yourself?
I think that Carson Ellis’ "Du Iz Tak" is a work of genius! The made-up language that we can all decipher is so clever, and I adore all the little creatures that appear and surprise us.
Her way of working really liberated and inspired me. Her book "Home" showed me that a picturebook does not have to be a work of fiction or a story as such - it can be just an idea or concept, and that that can be enough.

If given the chance, who would you hug today?
I’d like to hug my grandma. She’s no longer with us, but I’d so love to see her and tell her everything I’ve been doing and to show her my books - she was an artist and never saw me pursue my drawing.

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🇵🇹Hervé é o criador do livro "Vamos Jogar?" e outros livros interativos incríveis. Pode encontrá-lo no Instagram em @hervetullet.

Como seria o "Era uma vez uma menina chamada Rosie”? Que história nos contaria?
Era uma vez uma menina chamada Rosie. Ela era silenciosa e reservada e gostava tanto de desenhar que, na maioria dos aniversários e natais, recebia uma grande caixa com papel. Ela tinha menos certeza sobre as palavras, pois foi-lhe difícil aprender a ler e a escrever, mas adorava desenhar tudo o que lhe vinha à cabeça.
Passava muito tempo a brincar no seu jardim no campo, a vestir os seus brinquedos com pétalas, ou a tentar juntar-se ao bando do seu irmão mais velho no bosque ao cimo da estrada.
Ela também adorava a casa de bonecas que os avós lhe tinham feito e passava horas a fazer as bonecas residentes e todas as coisas de que elas precisavam para as suas pequenas vidas - pequenas camisolas a partir de meias velhas, pequenos pratos de comida e cobertores para as suas camas.
Crescer no campo foi muito tranquilo e a mudança das estações e da vida selvagem era um ritmo adorável segundo o qual se viver. Mas ela sentia-se muito atraída pelo reboliço de Londres e mudou-se para lá aos 19 anos para estudar Literatura Inglesa (entretanto, aprendeu a ler e a escrever e até descobriu que era boa nisso).

Como foste parar às páginas de um livro infantil?
Sempre adorei livros ilustrados, tal como a minha mãe, que me comprava exemplares maravilhosos quando eu era criança (e ainda hoje os compra para mim). Depois de estudar Inglês (e depois um mestrado em Ciências Sociais) trabalhei muito tempo nos media, escrevendo e fazendo filmes e coisas para websites, e tentando (e falhando) tornar-me uma realizadora de documentários para rádio.
Mas sentia-me insatisfeita, queria realmente fazer algo visual e mais criativo, e a ilustração sempre esteve no meu subconsciente.
Em 2016, decidi que era tempo de reorganizar a minha vida e dei-me 6 meses para escolher a direção em que me iria concentrar. Reduzi as opções à ilustração ou a ser sapateira por medida! A ilustração ganhou e consegui um lugar para estudar Ilustração de Livros Infantis na Cambridge School of Art.
Com toda a honestidade, fui sobretudo por instinto - tentei não pensar demasiado e acabou por ser uma decisão muito boa. Percebi que os livros ilustrados são o melhor veículo para as minhas ideias e que até então tinha estado sempre a lutar para encontrar a melhor forma de me expressar.

Quando crias uma história, tentas transformar a criança que vai deliciar-se com as tuas ilustrações? Se sim, de que forma e qual o teu principal propósito?
Eu considero que os livros ilustrados são para todos, por isso não me concentro particularmente num tipo de leitor, mas lembro-me realmente de como era ser criança, e isso definitivamente influencia o que faço. Sinto que há muito sobre este mundo que é óbvio mas que muitas vezes escapa, e por isso gosto de explorar essas coisas. O meu trabalho tem de facto uma mensagem, mas penso que é uma mensagem tanto para crianças como para adultos. E não quero ser demasiado séria ou dizer às pessoas o que devem pensar. Penso que o humor, a humildade e a linguagem simples são a melhor forma de chegar às pessoas.

Dada a possibilidade de escolher qualquer um, que livro gostarias de ter escrito e ilustrado?
Penso que o “Ké Iz Tuk” de Carson Ellis é uma obra de génio! A linguagem inventada que todos podemos decifrar é muito inteligente, e adoro todas as pequenas criaturas que aparecem e nos surpreendem. A sua forma de trabalhar realmente libertou-me e inspirou-me. O seu livro “Home” mostrou-me que um livro ilustrado não tem de ser uma obra de ficção ou uma história como tal - pode ser apenas uma ideia ou conceito, e isso pode ser suficiente.

Se pudesses, a quem darias um abraço apertado hoje?
Gostaria de abraçar a minha avó. Ela já não está connosco, mas eu adoraria vê-la e contar-lhe tudo o que tenho feito e mostrar-lhe os meus livros. Ela era artista e nunca me viu a seguir a minha vocação.

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