🇵🇹 Jane é a autora de O Menino que Gostava de Toda a Gente entre outros maravilhosos livros infantis. Podem encontrá-la no Instagram em @janeporterillustrator.
Como seria o "Era uma vez uma menina chamada Jane”? Que história nos contaria?
Jane era uma menina que adorava fazer desenhos, mas era muito tímida e quase nunca dizia uma palavra na escola. Adorava olhar para os detalhes do mundo natural, e observar as pessoas em silêncio - e continua a fazê-lo. À medida que foi crescendo, gostava de dactilografar histórias e fazer revistas a fingir com a irmã e uma amiga, bem como de criar pequenos espetáculos num teatro de brinquedos, e de fazer marionetas. Em retrospectiva, todos os ingredientes para se tornar autora de livros infantis e ilustradora já lá estavam! Mas demorou muitos anos até que todos se juntassem.
Como foste parar às páginas de um livro infantil?
Tento sempre pôr um pouco de mim nas minhas histórias - penso que os livros ilustrados funcionam sempre melhor quando há alguma verdade emocional neles. Olhando para os livros ilustrados de outras pessoas, há muitas vezes personagens com quem me identifico - geralmente as tímidas e silenciosas. Sendo uma autora e ilustradora de livros ilustrados, acredito que é muito importante mantermo-nos em contacto com a nossa criança interior, e ver muitos livros ilustrados ajuda nisto - tanto novos, como aqueles de que me lembro de há muito tempo.
Quando crias uma história, tentas transformar a criança que vai ouvir as tuas palavras? Se sim, de que forma e qual o teu principal propósito?
Tenho a certeza de que todos os autores de livros ilustrados sonham em fazer o livro que uma criança vai realmente amar, ler vezes sem conta, e recordar na idade adulta. Eu não diria necessariamente que me proponho a transformar as crianças, mas espero que as minhas histórias ajudem a preservar o instinto com que todas as crianças começam a vida - o de serem amáveis e generosas.
Dada a possibilidade de escolher qualquer um, que livro gostarias de ter escrito e ilustrado?
Essa é uma questão muito difícil - há tantos. Mas uma série de histórias que só descobri já em adulta, e que teria amado quando criança, são as histórias “Rã e Sapo" de Arnold Lobel. Tanto a parte artística como as histórias são inesperadamente simples - há tanta gentileza, humor e amor nestas histórias, são realmente perfeitas na minha opinião.
Se pudesses, a quem darias um abraço apertado hoje?
Ao meu marido, ao meu filho e à minha filha - felizmente estão todos por perto, por isso não preciso de esperar!
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🇬🇧 Jane is the author of The Boy Who Loved Everyone and other wonderful picture books. You can find her on Instagram at @janeporterillustrator.
How would "once upon a time, there was a little girl called Jane” go? What story would it tell us?
Jane was a little girl who loved drawing pictures but was very shy, and barely ever said a word at school. She loved looking at the details of the natural world, and quietly observing people - and she still does. As she grew older, she enjoyed typing up stories and making pretend magazines with her sister and a friend, as well as putting on tiny plays in a toy theatre, and making puppets. In hindsight, all the ingredients for becoming a picture book author and illustrator were already there! But it took many years before they all came together.
How did you find yourself in the pages of picture books?
I always try to put a little bit of myself into my stories - I think picture books always work best when there is some emotional truth in them. Looking at other people's picture books, there are often characters I identify with - usually the shy, quiet ones. Being a picture book author and illustrator, I believe it's very important to stay in touch with your child self, and looking at lots of picture books helps with this - both new ones, and books I remember from long ago.
When you create a story, do you ever try to transform the little child who will listen to your words? If so, how and what is your main purpose?
I'm sure every picture book maker dreams of making the book that a child will truly love, read over and over again, and remember into adulthood. I wouldn't necessarily say I set out to transform children, but I hope my stories will help preserve the instinct all children start out life with - to be kind and generous-hearted.
If you could choose any existing book, which one would you have liked to have written/illustrated yourself?
That's a very tough question - there are so many. But a series of stories I only discovered as an adult, but would have loved as a child, are the 'Frog and Toad' stories by Arnold Lobel. Both artwork and stories are deceptively simple - there's so much gentleness, humour and love in these stories, they truly are perfect in my opinion.
If given the chance, who would you hug today?
My husband, son and daughter - luckily they are all close at hand so I don't need to wait!